Em seu texto, Flusser se utiliza da narrativa do Manifesto Comunista ao apresentar uma realidade em que os objetos passam a reivindicar sua posição de poder em relação ao homem, propondo assim, uma revolução objetiva. Tal revolução segue a premissa de que os aparelhos já são dotados de tamanha complexidade que escapam do controle da humanidade, a qual se torna a parte dependente da relação. A partir desse contexto, é possível notar como o modo de vida atual é condicionado ao suporte e serviço dos objetos. Desde progressos científicos, atividades cotidianas ou até mesmo produções artísticas e culturais se constroem a partir do apoio mecânico ou tecnológico dos aparelhos. Dessa forma, abre-se o questionamento sobre até que ponto nós projetamos os aparelhos e a partir de que momento nossa vida se torna condicionada a eles, os quais assumem o protagonismo da transformação do espaço e das relações.
Blog destinado à disciplina de AIA do curso de Arquitetura e Urbanismo pela UFMG.